OpenStack: o futuro é livre, flexível e adaptável
Por Marcio Lacs
CEO da AMT
Em 2010, NASA e Rackspace se uniram para desenvolver um projeto de software livre para computação em nuvem: o OpenStack. Hoje, o consórcio OpenStack integra centenas de empresas, como a HP, IBM, Dell e Cisco, entre outras, e o software vem se consolidando como a grande referência do mercado para montagem e gerenciamento de nuvens privadas.
Há aproximadamente três anos, começamos a estudar a implantação de OpenStack na AMT. Inicialmente, montamos um protótipo com o engenheiro da COPPE/UFRJ Albino Aveleda, consultor e parceiro da AMT na área de Computação de Alto Desempenho (HPC). Depois, avançamos com um projeto mais amplo, com a O2 Sistemas.
O Sistema Operacional da Nuvem
O OpenStack funciona de forma análoga a um sistema operacional que gerencia os componentes de um computador só que a sua atuação se dá em uma outra escala: nas infraestruturas de nuvem.
Com o OpenStack, conseguimos gerenciar de forma centralizada todas as estruturas de armazenamento, processamento e rede. Além disso, passamos a contar com diversos serviços e microsserviços que seriam inviáveis sem o sistema.
Hiperconvergência e SDDC
Hiperconvergência pode ser definida como a possibilidade para agregar hardwares, estruturas e recursos vindos das mais diferentes origens para a criação e o gerenciamento de nuvens privadas e híbridas.
Com um modelo de SDDC (Data Center definido por Software), uma plataforma não precisa mais utilizar hardwares para finalidades específicas; tudo é controlado de forma simplificada em um único sistema. Com isso, é possível reduzir significativamente a complexidade operacional e aumentar a flexibilidade e adaptabilidade da estrutura.
Em muitos segmentos, existem restrições quanto ao local onde os dados estão armazenados – exigências, por exemplo, de que os dados não saiam do país. Além disso, a quantidade de dados a serem processados por uma empresa pode exigir que parte da estrutura fique dentro do seu ambiente físico (On Premise). O OpenStack faz a orquestração de todas partes da estrutura – on premise, em nuvens privadas e em nuvens públicas.
Os recursos podem crescer ou diminuir sem a necessidade de investimentos ou desinvestimentos. Desde as interfaces de rede até os servidores, toda estrutura pode ser provisionada pela aplicação e gerenciada de forma centralizada.