A cada ano que passa, nos deparamos com a mesma narrativa repetida. Empresas continuam sendo vítimas de ataques cibernéticos que poderiam ter sido prevenidos ou minimizados com um planejamento mais robusto e algum investimento.

Algum investimento? Sim, algum é melhor do que nenhum, é claro.

Em 2022, a DNV (http://www.dnv.com) divulgou o resultado de uma pesquisa realizada com gestores de TI de empresas do setor de energia, destacando a falta de investimento como uma das principais preocupações em relação à segurança cibernética. Surpreendentemente, essa preocupação continua evidente na pesquisa de 2023.

Posturas como “ainda não enfrentamos problemas, podemos adiar isso para depois” ou “vamos esperar para ver” adotadas por algumas diretorias não são mais justificáveis. Essas mentalidades são ouvidas com frequência em diversos setores, especialmente em empresas de pequeno e médio porte.

Pode parecer clichê, mas a segurança cibernética já não é mais apenas uma despesa, tornou-se um custo operacional indispensável. Não há como conduzir os negócios atualmente assumindo o risco do ataque e sem manter as proteções constantemente atualizadas. Portanto, a resposta para a pergunta do título é simples: sim, é necessário continuar investindo.

Como  os ataques cibernéticos evoluem, o aprimoramento da segurança cibernética deve ser um processo contínuo e cíclico. A partir da análise das vulnerabilidades, surgem propostas de melhorias, seguidas de investimentos, implementações, testes e, por fim, o retorno ao início.

Além da atualização tecnológica, é essencial investir constantemente em programas de conscientização e treinamento para as equipes internas. Isso é tão importante quanto as ferramentas.

Vocês, CIOs, CISOs, Gerentes de TI, precisam justificar esses investimentos em seus orçamentos. Os ataques representam riscos reais, identificados e qualificados, que demandam medidas de mitigação e investimentos.

Marcello Pignataro,

Diretor de TI da AMT.

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